Mulheres Reais

     Nós, criados sob os preceitos judaíco-cristãos ocidentais, conservamos muitos pudores em relação ao sexo. Por mais “liberais” e “moderninhos”, ainda encontramos dificuldade em superar alguns tabus sexuais. Para muitas pessoas, sexo ainda é sinônimo de pecado. Um aspecto curioso é em relação aos nossos pais. Nenhum filho ou filha consegue imaginar tranquilamente o pai e a mãe fazendo sexo. É algo quase repulsivo, como se os dois fossem “santos” ou celibatários, e só tivessem transado uma única vez: justamente para a nossa concepção. Ah, que bobagem! Sexo não tem idade.

     Nas últimas décadas, a chamada “melhor idade” (acima dos 50) tem praticado mais sexo do que nunca. Afinal, a busca pelo prazer não tem data de validade. O corpo, mesmo marcado pela ação do tempo, ainda pulsa e é capaz de sentir e oferecer satisfação sexual. É isso o que mostra o filme Simplesmente Complicado, que estreia no dia 26. Meryl Streep, 60 anos na vida real, interpreta Jane, mãe de 3 filhos adultos e separada há dez anos. De repente, ela se vê atraída pelo ex-marido (papel de Steve Martin, 64 anos) e vira amante dele. Simultaneamente, surge um charmoso arquiteto (vivido por Alec Baldwin, 51 anos) que não resiste à sexy sessentona. Pronto: forma-se um inusitado e divertido triângulo amoroso.

     Meryl Streep não esconde o orgulho de protagonizar uma comédia romântica aos 60 anos e atrair público de todas as idades ao cinema. Nós, espectadores de filmes e telespectadores de novelas, não estamos acostumados a ver casais da terceira idade falando de sexo, muito menos praticando. Puro preconceito de quem faz e consome cinema e TV. Todo mundo tem direito ao prazer. Gordos transam. Anões transam. Paraplégicos transam. Cegos transam. Anoréxicos transam. Evangélicos transam. Enfim, todos fazem sexo. Ou amor, como preferir. Não há idade nem peso ou qualquer outro suposto empecilho para impedi-la de encontrar o prazer. Permita-se.

O site da revista CRIATIVA informa que o fotógrafo americano Matt Blum, autor de um projeto de fotos de nudez de pessoas comuns (nada de corpos perfeitos nem retoques em computador), estará em São Paulo, a partir do dia 15, à procura de voluntárias para uma sessão de nu artístico. O trabalho não é remunerado. Mas, se você quem quer viver essa experiência (e sentir os tais 15 minutinhos de fama), basta clicar AQUI e conferir mais informações.

Desfile realizado pela HAZ em outubro de 2009, em São Paulo. Roupas feitas com respeito ao corpo da mulher plus size e modelos exalando beleza e sensualidade (grifes Loony, Kauê, Citwar, Janette Moda, Forma Rara e Yasyl Lingerie). A vida com humor é bem mais gostosa e as tops deram um show de irreverência. Não foi um desfile convencional, foi uma performance com objetivo único: mostrar que a mulher G ou GG pode (e deve) se vestir com elegância, estilo e sensualidade. O evento teve até a participação de um certo Jesus Luz…