Mulheres Reais

Eu como porque não sou feliz. Eu como porque nenhum homem me deseja. Eu como porque jamais alguém me disse “Eu te amo”. Eu como porque as roupas que gosto nunca me servem. Eu como porque amo o mar, mas tenho vergonha de ir à praia. Eu como porque percebo os olhares de deboche para o meu corpo. Eu como porque jamais realizarei o sonho de infância de ser modelo. Eu como porque ninguém me convida para dançar nas festas. Eu como porque sou sempre a última a ser escolhida como companhia. Eu como porque já tentei todas as dietas e nenhuma funcionou. Eu como porque tenho uma irmã que sempre foi magra. Eu como porque os peões de obra nunca mexeram comigo. Eu como porque o espelho é o meu pior inimigo. Eu como porque estou presa em um corpo que odeio. Eu como porque não consigo parar de comer. Eu não vivo, eu sobrevivo. Eu não amo a vida, não amo a mim mesma, não sei o que é amar. Eu como porque… Por que eu como? Eu como para preencher não o vazio do estômago, mas o vazio da alma. Mas não há comida suficiente para tapar esse buraco. Eu como, eu como, eu como. É inútil. Eu como porque nunca fui feliz. Será que ainda dá tempo de tentar?

PS: Sempre é tempo de sonhar, de viver, de buscar a felicidade… Sempre é tempo, sempre é possível.

Alguns sites adoram recorrer aos programas de efeitos de imagem para “engordar” celebridades. Clique AQUI e confira o visual rechonchudo de famosas magras, caso elas engordassem bastante. O que achou da versão plus size de Madonna e Amy Winehouse?

Já dá pra ouvir os tamborins e as cuícas. O clima de carnaval começa a agitar o país. Porém, nos últimos anos, o desfile das escolas de samba perdeu espaço na mídia. Agora só se fala (e mostra) as peladonas que cruzam o sambódromo de São Paulo e a Sapucaí, no Rio. Algumas têm título de rainha de bateria, princesa, musa, outras são destaque nos carros alegóricas e existem aquelas que preferem rebolar no chão, pertinho do público e dos fotógrafos. Ninguém cobra delas o samba no pé ou a letra do enredo, o que se exige é um corpo perfeito que chame atenção da mídia. Entenda-se por isso: muito silicone, botox, alongamentos capilares e nudez, o máximo de nudez. Resultado: mulheres literalmente infladas e artificiais. Mas a galera delira com aqueles corpos torneados. No carnaval, muitas mulheres retrocedem na história e se oferecem como mero “objeto sexual”. Ninguém está aqui pregando a moralidade. Quer desfilar nua?Ok, tem todo o direito. Porém depois não reclame do tratamento desrespeitoso e zombeteiro. E as gordas? Devem se esconder em roupas discretas ou aderir à massa e revelar todos os volumes do corpo? Essa é uma decisão pessoal. Se a mulher plus size quer se mostrar, pode fazê-lo. Desde que esteja preparada para críticas, ironias e comparações com musas de silhueta “perfeita” (na verdade, fabricada em clínicas de estética e na mesa de cirurgia). A gordinha não pode ter vergonha de exalar sensualidade no carnaval. Precisa apenas tomar cuidado para não virar alvo daquele fetichismo pejorativo. Um exemplo de coerência foi dado por Preta Gil. Em 2007, a cantora foi rainha de bateria da Mangueira. Usou uma fantasia discreta que a deixou extremamente sexy e glamourosa. Não precisou apelar para seminudez, transparência, decotes exagerados… Tome cuidado com o limite frágil entre sensualidade e vulgaridade. Parece papo de tia conservadora? Não é não. Cuide da sua imagem e da sua autoestima. Brinque o carnaval sem recorrer à baixaria pública. Reserve o seu lado “fatal” exclusivamente para o seu pierrô. Para ser sensual, não é necessário mostrar peitos, bunda, fazer cara de tarada… A sensualidade mais interessante é aquela que vem com a alegria e o prazer de brincar o carnaval, sem a preocupação narcisista de querer parecer a mais boazuda da folia.

Ufa! Respiração ofegante, final de ladeira, e cá estou pronta para emagrecer os dez quilos que ganhei de presente por um “leve” desequilíbrio hormonal e muitas pizzas a mais. Este desequilíbrio me levou a desanimar e me acostumar com minha nova “configuração”. Mas não estava feliz.É especialmente difícil para quem sempre trabalhou dando aulas em academias, “sarada”, de bem com o corpo e confortável com ele. Eu estava determinada a tê-lo de volta. Mesmo que os meus quarenta e poucos anos gritassem que agora não dava mais….

            As pessoas de sucesso dizem que planejar é tudo. Resolvi planejar meu programa de emagrecimento, ver no papel onde queria chegar e anotar minhas conquistas para não correr o risco de ir tudo por “gordura” abaixo.

            Como decidi não comprar roupas três números acima do meu, arregacei as mangas, abri um programinha Excel e lá fui eu: balança digital sob os pés, encarando a dura (e temporária) realidade dos tais dez quilos a mais. Anotei o número na planilha e deixei de tratá-lo como inimigo. Passei a chamá-lo de “conseqüência”. Agora eu teria uma nova conseqüência, já que meus passos estavam me levando para o meu objetivo. Isso me deixou feliz.

            Depois anotei quanto tempo demoraria para diminuir um número (um quilo). Foram seis dias. Então, fiz uma tabela onde, a cada seis dias (um quilo), ganharia um agrado, um presente dado por mim mesma por conseguir e por me amar: uma peça de teatro, um jantar em um restaurante japonês (respeitando a alimentação que me propus a fazer), uma limpeza de pele, etc. Daí coloquei uma gratificação especial e espetacular no último quilo, o meu objetivo final.

            Em outra coluna, coloquei uma atividade de quarenta minutos por dia, variando de acordo com o que me dá mais prazer. Nessa hora, alguém deve estar lendo isso e dizendo que não gosta de nenhum esporte. Existem dezenas de esportes na face da terra. Duvido que esta pessoa tenha experimentado todos para dizer isso. Certo? Uma simples caminhada já é uma excelente atividade física.

            Esqueça  os padrões anoréxicos. O que interessa aqui é como você se sente bem. Está confortável com o seu corpo, com suas roupas, com a forma com a qual se movimenta? Sem neuras, pense em você daqui a dez anos. Que tipo de saúde quer para você? 

            Eu decidi e agi, pois se nós não tomarmos uma atitude sobre qualquer decisão, em qualquer assunto, é porque não decidimos.

Importante: Procure sempre uma nutricionista antes de iniciar um plano alimentar.

Talia Jaoui é psicóloga, coach, personal trainer, palestrante e escritora. Clique AQUI e visite o seu site, onde encontrará mais dicas para encarar os desafios da vida de maneira menos complicada e mais eficiente.

Parece piada, mas é uma tripla ditadura: a da jovialidade, da beleza e da magreza. As atrizes da saga Sex And The City terão de rodar o terceiro filme ainda em 2010, sendo que o segundo só estréia em 28 de maio. Sabe o motivo da correria? Os produtores temem que elas envelheçam, engordem e fiquem feias. Por isso, querem filmar a terceira parte da cinessérie o mais rapidamente possível, ainda que a previsão de chegar aos cinemas seja apenas em 2012. Em Hollywood é assim: apareçam rugas, ganhou peso e passou dos 35… bye bye! Na ficção, as personagens têm em torno de 40 e poucos anos. Na vida real, as idades são as seguintes: Kristin Davis/Charlotte chega aos 45 em fevereiro, Sarah Jessica Parker/Carrie fará 45 em março, Cynthia Nixon/Miranda terá 44 em abril, e Kim Cattrall/Samantha completará 53 em agosto. Tão “velhas”, “gordas” e “feias”, não é? Pobres escravas de Hollywood…

E aí, como está o amor próprio? Alto, baixo, médio, instável? Existem alguns termômetros para detectar a queda na autoestima. Clique AQUI e faça um teste rápido que vai apontar como você se encontra neste momento. Talvez a resposta possa ajudá-la a corrigir algo em seu comportamento e fazê-la mais atenta ao sentimento mais importante que existe: o amor que VOCÊ deve sentir abundantemente por VOCÊ. Se você não se gosta, como espera que os outros gostem?